Uma das falas mais esperadas na noite da votação do afastamento de Dilma Rousseff era do Senador Fernando Collor, ex-presidente que foi impedido em 1992.
Collor vestiu a figura de vítima e iniciou seu pronunciamento fazendo uma comparação do processo de impeachment de Dilma Rousseff e o seu. Para Collor, "o rito do Impeachment é o mesmo, mas o ritmo e o rigor, não". Para o Senador, o seu processo de impeachment em 1992 foi conduzido "a toque de caixa", com apenas três meses de duração total do processo de afastamento. No atual processo de impeachment contra Dilma já se passaram oito meses e tudo pode se estender por mais seis até o julgamento final. Collor lembrou que seu afastamento ocorreu em apenas 48 horas depois da votação na câmara com um parecer da comissão do senado escrito em meia página. Para Dilma, se passaram vinte e três dias desde a votação na Câmara pra que o afastamento fosse votado no Senado e o parecer conta com 128 páginas.
Collor concluiu alegando ter procurado acessores de Dilma para alertar sobre o risco de impeachment e oferecer ajuda para solucionar a crise política e econômica. A ajuda, segundo o senador, não foi aceita.
Collor alega também ter pedido pessoalmente que a presidente tentasse se reconciliar com o congresso e com os eleitores admitindo o seus erros e pedindo desculpas por ter mentido em campanha.
Collor encerrou fazendo críticas ao sistema presidencialista e dizendo que o cenário político está em ruínas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário