NOVO CENÁRIO E FORMATO
Um novo Jornal Nacional foi ao ar hoje. Dessa vez não houve somente uma repaginação no cenário, mas também uma reestruturação do formato do Jornal, que estava praticamente intocado desde sua estreia há mais de quatro décadas. Além de um cenário mais moderno, o Jornal ganhou mais dinamismo, informalidade e agilidade. O jornalístico resolveu abraçar o modelo do jornalismo "as it happens", com menos matérias gravadas e mais participações ao vivo de jornalistas espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Modelo esse já é utilizado a exaustão desde os anos 90 pela rede americana CNN e posteriormente seguido pelas grandes televisões abertas do Estados Unidos e do mundo.
MAIS IMPROVISO
Mais jornalismo ao vivo gera, na prática, que o famoso "teleprompter" seja deixado um pouco de lado e dê mais espaço ao improviso, como já acontece há alguns anos no Globo Esporte São Paulo sob o comando de Thiago Leifert. O "teleprompter", para quem não sabe, é um dispositivo acoplado às câmeras de TV com o qual os apresentadores leem as chamadas das matérias.
MAIS MOVIMENTO
O Jornal Nacional a partir de agora também terá uma maior movimentação. Isso poderá ser visto nos próprios apresentadores e nas câmeras. Os apresentadores se levantam da bancada e andam até um telão onde se comunicam ao vivo com outros repórteres, algo parecido com o que já ocorre atualmente no Jornal da Globo e Jornal Hoje. As câmeras, por sua vez, se deslocam junto e também fazem movimentos panorâmicos e de aproximação enquanto os apresentadores chamam as matérias gravadas. As câmeras utilizam uma tecnologia conhecida como "steadycam", que permite que o cinegrafista ande pelo estúdio sem que haja tremulações na imagem.
FALHAS NA ESTREIA
Como em toda estreia, algumas falhas chamaram atenção. A primeira grande falha ocorreu no telão atrás dos apresentadores que ficou branco durante alguns segundos. Outra falha, mais visível, foi a falta de tradução da entrevista do presidente da autoridade palestina Mahmoud Abbas, que foi para o ar em árabe sem legendas e sem tradução em português. "Por algum motivo a tradução que gravei agora há pouco não foi pro ar", explicou William Bonner. O apresentador, logo em seguida, explicou com suas palavras o que Abbas teria dito na entrevista ao correspondente Roberto D'ávila.
CRÍTICAS DE TELESPECTADORES
Alguns telespectadores reclamaram nas redes sociais que a movimentação das câmeras deixa o jornalístico um pouco confuso. "Amarrem esse câmera! Estou ficando nervoso com essa 'steadicam' indo na cara dos âncoras", assinou um telespectador no twitter. Outro comentou "É questão de costume, eu sei, mas eu estou me sentindo mesmo vendo o 'Zapping Zone' com essas câmeras novas do 'Jornal Nacional", em uma comparação ao infantil do Disney Channel que utiliza um padrão parecido de câmeras móveis.
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